Ciro Marques
Repórter de Política
O presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves, do PMDB, tem um patrimônio maior que os três principais candidatos à presidência da República, Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) juntos. Contudo, depois de 11 mandatos consecutivos em Brasília, Henrique não é, pelo menos oficialmente, o deputado federal mais rico do RN. Esse posto é de Felipe Maia, filho do senador e presidente nacional do DEM, José Agripino Maia. O democrata tem um patrimônio de, aproximadamente, R$ 15 milhões.
O valor declarado para as eleições deste ano é R$ 7 milhões maior que o patrimônio que Felipe Maia declarou em 2010, quando foi reeleito deputado federal pelo DEM. Contudo, o fato de ter dobrado, em quatro anos, o já milionário patrimônio, não é a única coisa que chama a atenção – até porque boa parte dos candidatos também fez o mesmo. O que se destaca mesmo nas informações de renda de Felipe Maia, disponibilizadas pela Justiça Eleitoral (por meio do DivulgaCand, do TSE) são as diversas aplicações financeiras e os mais de R$ 500 mil em dinheiro em espécie que o parlamentar guarda.
Sobre as aplicações, Felipe Maia tem R$ 219 mil na poupança do Banco Safra; R$ 9,8 mil em conta corrente do Banco do brasil; R$ 245 mil em aplicação de renda fixa no Bic Banco; R$ 1,4 milhão em aplicação de renda fixa no Banco Safra; R$ 1,1 milhão em aplicação no Banco Safra; R$ 5,2 milhões em aplicação no Banco Santander; R$ 1,2 milhão em outra aplicação no Banco Safra; R$ 941 mil em aplicação do Santander; R$ 560 mil em letra de crédito agropecuário do Banco Safra; R$ 160 mil em crédito imobiliário no Banco Safra; R$ 99 mil em depósito em conta corrente no Banco do Brasil; R$ 3,3 mil em conta corrente de outra conta no BB; R$ 942 mil em fundo de investimento no Santander; e R$ 212 mil em investimento em letras hopotecarias também no Banco Safra.
Isso quer dizer que, dos R$ 15 milhões de patrimônio declarado de Felipe Maia, cerca de R$ 13 milhões são só em dinheiro vivo, crédito em contas bancárias e aplicações financeiras. Com esse valor, o filho de José Agripino poderia, por exemplo, comprar todos os bens divulgados por Henrique Eduardo Alves à Justiça Eleitoral, uma vez que o candidato do PMDB tem um patrimônio de R$ 12 milhões – e nenhum dinheiro em espécie ou aplicações financeiras.
O dinheiro de Felipe Maia também seria suficiente para que o democrata, que está no seu terceiro mandato na Câmara Federal, adquirisse os bens dos três principais candidatos a presidência da República – todos juntos daria cerca de R$ 4 milhões em patrimônio. E ainda sobraria para comprar boa parte dos bens de Robinson Faria, candidato do PSD ao Governo do Estado e que tem um patrimônio orçado em R$ 8 milhões.