O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) realizou uma coletiva virtual nesta sexta-feira (18) para discutir o acompanhamento do caso envolvendo pacientes que perderam a visão após um mutirão de cirurgias oftalmológicas realizado em Parelhas. A promotora de Justiça Ana Jovina de Oliveira Ferreira abordou a possibilidade de o mutirão ter sido utilizado como ferramenta política, já que ocorreu apenas dez dias antes das eleições.
Segundo a promotora, o simples fato de um mutirão de saúde ter sido realizado não configura necessariamente uma conduta ilícita. No entanto, o MP está investigando se houve abuso de poder político ou captação ilícita de votos, uma prática que pode levar à cassação de diplomas eleitorais. "É preciso verificar se a ação foi uma continuidade do serviço público essencial de saúde ou se houve intenção eleitoreira, com o uso da máquina pública para angariar votos," destacou a promotora.
A análise completa do material probatório, incluindo a documentação já coletada e os depoimentos de testemunhas, será fundamental para esclarecer o objetivo real do mutirão. O MP ressaltou a importância de agir com cautela e responsabilidade na investigação, considerando que serviços de saúde são contínuos e essenciais, mas precisam ser desvinculados de qualquer objetivo eleitoral.
A investigação segue em curso para determinar se houve desvio de finalidade na ação, que resultou em danos irreparáveis para vários pacientes.
Blog do Marcos Dantas
Nenhum comentário:
Postar um comentário