A deputada federal Natália Bonavides perdeu a eleição, sim isso é um fato, perdeu. Mas a história e a verdade não devem ser contada de forma tão simplista e pragmática.
Advogada, ativista social e petista/lulista de carteirinha, Natália Bastos Bonavides, 36 anos, teve o que pode ser definido como "queda para o alto". Claro que a vitória do também deputado Paulinho Freire, no primeiro e no segunto turno é ligítima, épica. Contudo, existem outros vencedores, e entre os derrotados, quem também venceu.
Natália não será prefeita, óbvio, porém carrega um capital eleitoral pro futuro, que a transporta para outro nível no quadro de forças em seu partido. Bonavides não é mais da pratilheira de baixo, do segundo escalão. Furou a oligarquia petista de décadas, que era formada pelo binômio Fátima/Mineiro.
Ela superou a própria rejeição antiPT que contaminou sua candidatura, além da bigorna de algumas toneladas de rejeição popular da atual governadora Fátima Bezerra. Com dignidade, diga-se, não se escondeu e nem se escamoteou a presença da apoiadora em seu palanque. Subiu degrau por degrau nas pesquisas e na afeição popular, mesmo com essa sobrecarga nas costas a puxando para baixo.
Ex-vereadora, deputada federal em seu segundo mandato como campeã de votos, a candidata driblou descrenças internas, oráculos externos, intolerânças diversas, até ameaça de morte e virou a estrela do PT. Perdendo no voto, sempre é bom repetir.
Bonita, inteligente, inquieta, carismática, de boa extração familiar, mas que a direita prefere chamar de "Patricinha Bolivariana", Natália Bonavides venceu, sim senhor!
Teve sua "queda para o alto".
Texto retirado do Blog do Carlos Santos
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