A semana promete jatos de noticiário como se fosse feita só de sextas-feiras, data semanal preferida na Lava Jato para produzir emoções fartas e, em termos pessoais, dar o primeiro fim de semana especial a cada leva dos seus novos hóspedes.
Além das esperáveis mas não imagináveis decorrências das prisões de Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, presidentes das gigantes Odebrecht e Andrade Gutierrez, começa amanhã a tomada de depoimentos individualizados para os processos de políticos citados na Lava Jato.
Os depoentes que envolveram políticos o fizeram em relatos amplos. O ministro Teori Zavascki, do Supremo, recolheu aí as citações a serem transformadas em inquéritos particularizados, sobre cada um dos citados. Os novos depoimentos dos acusadores estão nesses inquéritos.
Os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, são, por seus cargos, os investigados mais relevantes. Mas é por suas maneiras pessoais que se distinguem dos outros envolvidos. Ambos já sobrecarregados de problemas judiciais, não disfarçaram a intenção de retaliações agudas se levadas adiante as acusações. Zavascki e o juiz Sergio Moro levaram. Acusadores e acusados fazem a parte prometida do festival.