O integrante informal da equipe de transição de Jair Bolsonaro (PSL), o advogado Thiago Taborda Simões, é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) em um esquema de fraude, sonegação e lavagem de dinheiro que pode ter dado prejuízo de R$ 500 milhões ao Fisco.
Em busca ao seu apartamento, na manhã de 27 de novembro, os investigadores apreenderam documentos, encontraram uma caixa com maconha e cocaína e um crachá de acesso ao local de trabalho da equipe de transição do governo do presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.
De acordo com a investigação da PF, as empresas simulavam a venda de produtos e serviços e, ao receber os pagamentos e emitir notas fiscais sobre as transações fictícias, distribuíam os valores para contas no Brasil ou no exterior, ou realizavam a entrega de dinheiro em espécie aos envolvidos no grupo.
“Há indícios de que esses pagamentos eram realizados para diminuir valores devidos em impostos, lavar dinheiro e pagar propinas a agentes públicos”, diz a polícia.
Simões virou alvo porque, segundo a investigação, indicou a um cliente com problemas com a Receita um advogado envolvido no esquema. Teria recebido uma comissão por isso.
Simões não é formalmente da equipe de transição, mas participou de reuniões com o grupo comandado pelo economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia.