Por: Diógenes Dantas
A ordem de José Agripino Maia neste momento é fechar uma aliança com o PMDB. O senador chegou a dizer que o DEM está pronto para votar no PMDB – no candidato do PMDB ao governo.
O mundo dá voltas. De ferrenho adversário do PMDB e vitorioso em eleições como a de 1982, quando derrotou Aluízio Alves, José Agripino se transformou num pacato aliado do filho de Aluízio, Henrique Eduardo Alves. A raposa virou um cordeirinho.
Por uma questão de sobrevivência política, José Agripino se agarra ao PMDB para salvar o mandato do filho, deputado Felipe Maia, e o dele próprio em 2018, quando espera se reeleger para o Senado.
Este é o plano de José Agripino. Os demais filiados ao DEM devem se acomodar no bonde do Jajá.
José Agripino desempenhará um papel menor nas eleições deste ano. Afinal, como líder, ele não tem dado muita sorte.
Ele foi o maior responsável pela candidatura de Micarla de Sousa na capital, em 2008. Agripino foi reconhecido como o padrinho da Borboleta, de tenebrosa memória.
José Agripino também apresentou ao Rio Grande do Norte o nome de Rosalba Ciarlini. Ele foi mais do que um padrinho da Rosa. Ele foi o amigo, o arquiteto, o engenheiro, ele foi tudo. Quando a Rosa venceu, ele adorou.
Agora, diante do desgaste de Rosalba, ele sequer assegura a legenda para ela concorrer a reeleição. Mantém a distância.
José Agripino Maia já não é mais o mesmo.