O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), afirmou que o presidente Michel Temer (MDB) usou verba da Saúde como moeda de troca com o Congresso Nacional.
O Legislativo foi responsável em 2017 por livrar Temer de denúncias por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, além de ter aprovado a reforma trabalhista. Agora, o governo negocia com parlamentares a aprovação de projeto com mudanças na Previdência.
Em entrevista publicada nesta sexta-feira (5) no site especializado em política Poder 360, Barros diz que, por decisão do presidente, separou R$ 500 milhões do Ministério da Saúde em 2017 para emendas de congressistas ao Orçamento. A liberação dos recursos não era obrigatória.
Questionado se esse tipo de emenda pode ser usada como “moeda de troca” com o Congresso, o ministro afirmou que sim. “Podem. São liberalidades do governo. Foi uma decisão do presidente autorizar [os R$ 500 milhões]. É inerente a quem governa.”
O pepista é um dos articuladores de Temer em prol da reforma da Previdência. “O presidente está determinado. O ambiente que os deputados estão encontrando em suas bases é muito favorável”, disse Barros.