O pastor Gilmar Santos, suspeito de cobrar propina para facilitar a liberação de recursos do Ministério da Educação, investiu R$ 450 mil para criar empresas, abertas há duas semanas, segundo o jornal O Globo.
No último dia 8, ele abriu uma faculdade em Goiânia, com aporte inicial de R$ 100 mil e registrou uma editora em Aparecida de Goiânia, com capital de R$ 350 mil. Nesta semana, dois prefeitos disseram ao jornal que o pastor e outro religioso, Arilton Moura, cobravam dinheiro e até compra de bíblias para agilizarem repasses aos municípios.
Segundo O Globo, as duas empresas foram registradas em sedes da Assembleia de Jesus Cristo Para Todos, igreja comandada por Santos e que Moura também faz parte, e não há sinais de que os locais sirvam para outras atividades além dos cultos religiosos.
Em Goiânia, o templo funciona em um prêmio de três andares que atualmente está em obras e é cercado por duas grandes casas e muradas. O templo central, visitado pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, no ano passado, fica bem em frente. Vizinhos que frequentam o local contaram ao O Globo que a obra começou há três anos e foi paralisada por falta de dinheiro durante a pandemia. Segundo os fiéis, a nova estrutura é onde o pastor pretende instalar a Faculdade ITCT (Instituto Tecnológico Cristo para Todos).
Já, em Aparecida de Goiânia, onde a editora foi registrada existe apenas um galpão, pintado de azul, com o nome da igreja e uma foto do religioso na fachada.
O pastor Gilmar Santos já tinha uma editora, criada em 2013, no mesmo endereço da igreja em Goiânia, registrada como “Editora e Publicadora Cristo para Todos Limitada” e com capital social de R$ 110 mil. Já a criada há duas semanas tem o CNPJ diferente, mas nome quase idêntico “Editora Cristo para Todos Limitada”. Questionado pelo O Globo sobre a abertura das empresas, Gilmar não retornou os contatos.
Informações: Terra